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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

1º CONCURSO DE SONETOS DO COLÉGIO JOÃO d'ABREU

Os sonetos têm sua origem na Sicília, o seu nome vem do italiano "Sonetto" e significa "pequena canção" ou "pequeno som". Foi criado no começo do século XIII e era cantado na corte de Frederico II do mesmo modo que as tradicionais baladas provençais.
Devem ser respeitadas as seguintes regras ( especialmente adaptadas para o nosso concurso).
1.Estrutura básica
*O soneto é uma composição deve ter 14 versos (linhas) divididas em quatro estrofes, sendo dois quartetos (com 4 versos) e dois tercetos (com três versos).
*Um soneto além de "poesia" deve ter métrica poética e principalmente ritmo.
*Em nosso concurso será utilizada a forma italiana que foi utilizada por Camões e até hoje é escrito com dois quartetos e dois tercetos.
Por isso deve ser observado principalmente o ritmo dos versos
2.Rima
Os dois quartetos devem ter o mesmo par de rimas, quando se muda a rima do primeiro para o segundo quarteto o soneto perde muito do seu valor.
A disposição das rimas pode ser:
1 - cruzada, alternada ou entrelaçada (abab/abab);
2 - emparelhada (aabb/aabb) – menos usada
3 - enlaçada ou interpolada (abba/abba).
Nos tercetos há uma maior liberdade para as rimas variando conforme o soneto, exemplos: (cdc/ede), (ccd/dee), (cde/edc), (cdd/eec), (cdc/dcd).
4. As rimas são até dispensáveis, mas é difícil manter a musicalidade.
5.Na metrificação sempre se conta até a última sílaba tônica de cada frase.
E o mais importante em um soneto é o ritmo mesmo que esse sacrifique as regras em benefício do som ,da musicalidade.


MODELO DA DISPOSIÇÃO DOS VERSOS

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Soneto de Fidelidade

Vinicius de Moraes

De tudo ao meu amor serei atento (a)
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto (b)
Que mesmo em face do maior encanto (b)
Dele se encante mais meu pensamento. (a)

Quero vivê-lo em cada vão momento (a)
E em seu louvor hei de espalhar meu canto (b)
E rir meu riso e derramar meu pranto (b)
Ao seu pesar ou seu contentamento (b)

E assim, quando mais tarde me procure (c)
Quem sabe a morte, angústia de quem vive (c)
Quem sabe a solidão, fim de quem ama (d)

Eu possa me dizer do amor (que tive): (c)
Que não seja imortal, posto que é chama (d)
Mas que seja infinito enquanto dure. (c)


Vinicius de Moraes, "Antologia Poética", Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1960, pág. 96.



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